nº01

belo horizonte, mg, brasil | ano 1 | nº 01 | de 15 a 21 de junho de 2015
HUMOR DE PRIMEIRA, TODA SEGUNDA
PARTICIPAM DESTA EDIÇÃO:
Angelo Machado | Aragão
Balmaceda Parker | Batista | Boligán
Lor | Lute | Mazio | Sete

PÍLULAS DE HUMOR
A crise d’água está tão braba que ficou difícil lavar dinheiro.
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A notícia de sua morte causou grande surpresa. Ninguém sabia que ele estava vivo.
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Deus ajuda quem trabalha, mas e quem não encontra emprego?
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Na favela quem não chora não mama, em Brasília quem mama nunca chora.
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O único risco da masturbação excessiva na adolescência é a LER.




QUANDO A GUA ENJIABA


Balmaceda Parker(*)

- Em que posso ajudá-la?
- Estou numa cruncha, que você nem denilha...
- C-Como?
- A maior rabuleza, minha blinfa!
- Calma. Conte-me tudo.
- Começou com a heralqua. Eu estava esperando a astruba voltar dos deixivais quando o merme chegou pra mim e disse que havia embilhado. Eu não sotressei. Que eu nem nunca imaginei estar viva pra ver sálcidas e mais sálcidas grecindo, como se não trejuíssem as rébidas.
- Hã?
- Mas vamos deixar de lado as uesquas e vamos direto ao nerbe da caçolha... Mas, ó: eu só estou lhe escarpindo, porque a minha mosba já foi pro firipeno. Eu não queria – grago que não queria – mas você sabe como é: quando a gua enjiaba, não há biroba que desbirobe, não é mesmo? Pois então! Pode ser zoimara da nuema, urávia da vieva, não sei. O hisco é que a nuburuba urubiu. Minha vizinha, Marivalda, que, pra essas coisas, tem muito mais xerubento do que eu, já havia tentado me mugretar. Ela sempre diz que jubenga é como gabunja: quanto mais você treça, mais a fuia engatoba. Ela diz isso porque, quando a xisba dela era mais clurga, ela credeu o nhaçulho por três prustos e nem sapucou a dobradina! Ficou só na probilha... No meu caso, a lisbas não foi assim tão estirja – que eu sou de porchínia, você sabe. Não é qualquer gelpião que vai chegando e me assupando a xispila, não! Mas, enfim: o que herbinhou, herbinhou – não sequeja mais. O que você acha que eu devo fazer agora? Agarro o traijó e crevo-lhe os hiões? Ou virjo a belimata e azugo de vez a jurivalva? Por favor, me entrunhe.
- Olha... Você me deixou... sem palavras... Pelo que você me relatou – se é que eu entendi bem – eu diria que... Bem, eu diria que o que aconteceu com você pode acontecer com qualquer uma de nós, não é verdade? Você não deve é se desesperar. A vida é cheia dessas coisas. Afinal, como você mesma disse, “quando a gua enjiaba, não há bereba...”
- Biroba.
- Isso: “não há biroba que desbirobe”... Eu mesma, quando menina, cansei de ouvir minha avó dizer assim: “Minha netinha, tome muito cuidado com a gua, que ela pode enjiabar...”
- Mas... e a minha jurivalva?
- Então. Acho que você tem mais é que azugar com ela, daqui pra frente. Já que a nuburuba urubiu mesmo, fazer o quê? Quanto a agarrar o traijó, eu não recomendo. Tenho uma amiga que fez isso e se deu mal: caiu na vava do nhequém, nunca arrumou uma tiloba e está escriacada até hoje...

(*) PhD em Funícia e Iabadabadulogia Aplicadas, pela Universidade Federal Real de Assburgh, Escócia.







É nessa época que o cuidado deve ser redobrado!

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(A menos que não exista amanhã)